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domingo, 5 de junho de 2011

Uso constante de GPS pode prejudicar memória, diz pesquisa

Apesar de ter facilitado a vida de motoristas nas grandes cidades, o uso contínuo de GPS pode prejudicar uma área do cérebro responsável pela localização. Um estudo da Universidade de McGill, no Canadá, sugere que o uso frequente do sistema de localização via satélite pode causar problemas de memória e orientação espacial.

O estudo, publicado no PhysOrg.com, considerou duas das maneiras mais comuns das pessoas se localizarem. A primeira delas é quando a pessoa busca pontos de referência para a construção de mapas mentais. A outra, chamada de estímulo-resposta, é uma espécie de piloto automático, quando uma pessoa usa repetidamente o mesmo caminho ou opta por rotas conhecidas e acaba fazendo quase sem pensar – esta forma é semelhante ao uso do GPS.

Os participantes da pesquisa – adultos mais velhos que usavam GPS e que não faziam uso do aparelho - navegaram por labirintos virtuais enquanto o cérebro passava por uma ressonância magnética. Os mais jovens preferiram método de navegação espacial, já os mais velhos preferiram o processo de estímulo resposta, semelhante ao que acontece com o GPS.

Outra descoberta foi que, quem usa o sistema de navegação espacial – sem GPS – teve aumento de atividade na região do hipocampo e tinha mais massa cinzenta nesta área. Esta região do cérebro está relacionada com a memória e localização. Por isso, os cientistas suspeitam que a navegação automática, no estilo GPS, poderia atrofiar o hipocampo e afetar a memória com o tempo.

Os participantes que usaram o sistema espacial (diferente daquele com o GPS) ainda se saíram melhor que os outros em um teste cognitivo geralmente usado para diagnosticar o Mal de Alzheimer. Mas os pesquisadores ainda não sabem se usar o sistema de navegação especial ajuda a desenvolver o hipocampo – e por consequência, a memória – ou se que opta por usar este sistema de localização já tem o hipocampo mais desenvolvido.

Os cientistas, no então, não estão dizendo para banirmos o GPS de nossas vidas, mas para que não usemos o aparelho com tanta frequência, para ir a lugares que já conhecemos ou para retornar de percursos em que usamos o parelho durante a ida.

Fonte: Revista Galileu

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